À liga da justiça própria interessa apenas mostrar-se teologicamente correta, não realmente ser. Se indagada sobre a razão de sua esperança, falará em justificação pela fé. Mas toda palavra deve ser interpretada de acordo com a realidade do indivíduo e não segundo o alinhamento que deseja que acreditem haver entre ele e os justos. Ainda que com a boca recite versículos, "sei que em mim não habita bem algum", o que está no coração não pode ser mantido oculto diante dos que buscam a Verdade.
O Cristo em que crê é aquele que se dobra diante de seu convite à "amizade", "Ah sim, jovem rico, obrigado por me chamar bom, você também é bom, e se é bom tem a vida eterna", um Cristo que aprova a justificação de si mesma, assim como a condenação de quem quer que lhe desagrade o ego. Não precisa de um salvador que a declare justa, apenas de um confirmador daquilo que intimamente acredita sobre si mesma.
Não há fé no Cristo histórico sem busca e sem renúncia.
O homem bom é aquele que encontrou o Tesouro.
Desligados e tão sozinhos...